Romances Históricos - Livros Interessantes...

Como falei aqui sobre História e Literatura, selecionei alguns romances que lí, e outros que pretendo ler, para complementar a postagem anterior. Inicio, claro, pelo clássico detentor de minha paixão:


Os Lusíadas – Luiz Vaz de Camões
Épico Português publicado em 1572 cuja a ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Particularmente sou grande apreciadora da obra de Camões, nela encontramos, além de vasta referência mitológica e histórica, o relato de alguns valores da sociedade à época das grandes navegações. Camões preocupou-se em registrar não só a história de Portugal e seus heróis, mas também as peculiaridades culturais da época. Além de tratar sobre as cruzadas, a expansão romana, as invasões bárbaras, as dinastias portuguesas e as batalhas travadas, “Os Lusíadas” nos proporciona detalhes riquíssimos sobre costumes medievais de guerra, vestimentas, povos africanos, embarcações, cartas náuticas e rotas marítimas, coordenadas geográficas, enfim, a epopéia camoniana é uma grandiosa fonte de conhecimento.

Como esta é uma obra de "domínio público", você a encontra na íntegra aqui.



Inês de Minha Alma – Isabel Allende
Romance épico sobre a conquista do Chile. Muitos episódios relatados são fatos históricos, que, por mais incríveis que possam parecer, aconteceram. A protagonista, Inés Suarez (1507 – 1580), nasceu na Espanha, onde viveu até os primeiros anos de sua juventude quando se casa com Juan de Málaga que a abandona na busca do novo mundo.Inês, inspirada pelos sonhos de liberdade impossíveis às mulheres da época, com a desculpa de ir ao encontro do marido, parte para o outro lado do Atlântico. Conhece Pedro Valdívia, mestre-de-campo de Francisco Pizarro, seu primeiro grande amor amadurecido. Juntos, Inês e Valvídia lutam contra os Mapuches e outras tribos, atravessam o deserto de Atacama e enfrentam todos os riscos e infortúnios de uma guerra que duraria anos(ainda hoje o povo mapuche reinvindica seus direitos), até a conquista e fundação do reino do Chile.

Achei a obra em pdf, não cheguei a percorrê-la, mas aos interessados: baixe a obra aqui.



Quando Nietzsche Chorou – Irvin D. Yalom
Romance espetacular que trata do possível começo da psicanálise. O romance traz personagens reais que deixaram seus nomes gravados na história. A trama central debruça-se sobre uma terapia fictícia que envolve dois personagens: o Dr. Josef Breuer (verdadeiramente um dos pais da psicanálise) e o filósofo Friedrich Nietzche. Embora o encontro nunca tenha de fato acontecido, a narrativa é saborosamente recheada de fatos verídicos, como a biografia, as técnicas de estudos e tratamentos aplicados pelo do Dr. Breuer ( a limpeza de chaminé), que além de precursor da psicanálise, tinha como discípulo ninguém mais que Sigmund Freud. A relação entre esses é abordada superficialmente no livro, mas podemos acompanhar alguns diálogos nos quais algumas idéias desse gênio da mente humana são sutilmente reveladas. Além desses fatos citados a narrativa nos proporciona uma iniciação á filosofia niilista de Nietzsche. Percorremos sobre diálogos interessantíssimos que além de prender o leitor, nos impulsiona a refletir sobre cada palavra que em frases perfeitas desvela a filosofia nietzschiana. Este é um livro que não basta ser lido, tem que ser degustado.




O Chalaça – José Roberto Torero
Pequeno romance que tem por narrador o virtuoso Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, fiel conselheiro de Dom Pedro I. Apesar de conter uma boa dosagem de informações históricas, deve-se ficar atento, pois o autor, para manter o humor e ritmo da obra, permeia entre a verdade e a ficção.




Maria de Sanábria – Diego Bracco
À galeria dos grandes desbravadores dos mares, na qual figuram nomes ilustres como Cristóvão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Américo Vespúcio, deve-se acrescentar uma nova personagem: a nobre espanhola María de Sanabria, primeira mulher a capitanear uma esquadra com três embarcações – um navio e duas caravelas. Ela partiu em 1550 do litoral da Espanha e chegou à costa brasileira um ano depois. Essa maravilhosa aventura é narrada pelo historiador e antropólogo ítalouruguaio Diego Bracco, que reconstituiu a trajetória da pouco conhecida viajante no livro María de Sanabria (Record, 270 págs., R$ 39), no qual combina fatos reais a uma boa dose de romance

Fonte: Isto é




Vermelho Brasil: o Romance da Conquista do Brasil Pelos Franceses – Jean Christophe Rufin
O romance Vermelho Brasil conta a trajetória de Just e Colombe, duas crianças que embarcam na expedição francesa ao Brasil, iludidas pela esperança de reencontrar o pai, mas que na verdade servirão de intérpretes para a tripulação junto às tribos indígenas. Uma história emocionante da descoberta de um mundo novo e da difícil experiência de se adaptar a uma outra cultura, num exercício de perseverança e aceitação das diferenças.De forma magistral, Jean-Christophe Rufin transforma a saga de Villegaignon num romance histórico de aventuras em que tudo parece desmesurado, tamanho o exotismo da paisagem, a singularidade dos personagens e o inusitado dos acontecimentos. A narrativa conduz o leitor pelo cenário da baía selvagem do Rio, ainda entregue às matas e aos índios canibais, seguindo os passos do fascinante cavalheiro de Villegaignon, chefe dessa expedição, nostálgico das Cruzadas, impregnado de cultura antiga, precursor de Cyrano ou de d'Artagnan.

Fonte: editoras.com



Adeus China - Li Cunxin Em um vilarejo desesperadamente pobre do nordeste da China, um jovem camponês está sentado em sua velha e frágil carteira escolar, mais interessado nos pássaros lá fora do que no Livro Vermelho de Mao (PDF aqui) e nas nobres palavras nele contidas. Naquele dia, porém, homens estranhos chegam à escola - os delegados culturais de madame Mao. Estão à procura de jovens camponeses que, depois de receberem a formação necessária, possam tornar-se os fiéis guardiães da grande visão de Mao para a China. O garoto observa um dos colegas ser escolhido e levado para fora da sala. A professora hesita. Deve ou não deve? Quase desiste. Mas, afinal, no último momento, toca no ombro do oficial e aponta o garoto miúdo. "Que tal aquele?", ela pergunta. Em um único momento, a possibilidade mais remota mudou de modo indescritível o curso da vida de um garoto. Ele faria parte de algumas das maiores companhias de balé do mundo. Um dia seria amigo do presidente e da primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos. Seria uma estrela: o último bailarino de Mao, o queridinho do ocidente.Esta é a história de Li Cunxin - uma narrativa que poderia ter desaparecido, como as vidas de outros milhões de camponeses, em meio à revolução e ao caos. É uma história de coragem, de amor de mãe e do anseio por liberdade de um jovem. O relato belo e precioso de uma vida inspiradora contado com honestidade.



O Emblema da Amizade - Jacques Bonnetlivro escrito por Jacques Bonnet, se desenrola neste período. A publicação conta a história de um massacre em Paris - um livreiro e toda sua família são assassinados. A chacina ocorre em 1582, numa casa próxima ao hotel, onde mora o protagonista do título, Giordano Bruno. Para tentar desvendar o crime e achar os culpados, Bruno, um filósofo de pensamento transgressor, inicia uma investigação. Seu raciocínio e intuição o transformam em um detetive privilegiado, capaz de pensar com rapidez e buscar sentido em cada um dos fatos. O romance policial ambientado no final do Renascimento é também um romance histórico, usando evocações sensoriais, mostra o período perturbado em que se passa a narrativa. Conflitos religiosos, guerras e genocídios deixam de ser plano de fundo para se apresentarem como um dos principais atrativos da história.Personagens verdadeiros e documentos legítimos se combinam enquanto Giordano Bruno tenta resolver o crime. "O Emblema da Amizade" mistura ficção, realidade, suspense e erudição.

Leia aqui um trecho do primeiro capítulo do livro.

Fonte: PubliFolha



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Comentários

  1. Interessante seleção, Angela. Fora Isabel Allende que não é das minhas preferidas, o resto é irretocável.
    Abs.

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