Hoje é o primeiro dia do ano de 2009, extra-oficialmente, claro. Após o carnaval retomamos nossa costumeira rotina e passamos a planejar o ano. Voltamos a trabalhar ferrenhamente, organizamos os compromissos, os alunos retornam às salas de aulas e às suas tarefas... a vida volta a marchar no velho conhecido compasso.
Fui acompanhar meu filho de 10 anos à escola no seu primeiro dia de retorno às aulas. Embora ele repita incansáveis vezes ao decorrer do ano que não gosta de estudar, hoje vi em sua ansiedade o real significado da escola em sua vida.
Pronto, vestido e de mochila encaixada às costas desde ás 11h da manhã, meu menino acompanhava cobiçoso a movimentação do relógio, aguardando que este alcançasse a primeira hora da tarde para que finalmente pudesse ir à escola.
Reconheci-me naqueles olhos inquietos e naquelas mãozinhas aflitas. A escola é para uma criança e adolescente, por mais que estes ainda não saibam, a essência de suas vidas. Este ambiente retém nossos melhores momentos e nossas pueris emoções.
Chegando ao saguão do colégio, observei com nostálgica atenção os emocionados e estridentes reencontros das meninas. Os burburinhos investigativos sobre o novo menino da turma, os primeiros olhares flertivos, os abraços receptivos dos “sempre companheiros”, os coreográficos apertos de mãos, o corre-corre desordenado de pernas e almas sequiosas.
Sensações agradáveis vivenciadas no lugar em que mais somos cobrados, a escola. É lá que aprendemos a fazer amigos, e também alguns inimigos.
Aprendemos a “trocar figurinhas”, experimentamos a correta, e às vezes não tão correta assim, política da boa vizinhança, e somos assim treinados para o convívio social.
Conhecemos lá a essência da palavra competição e derrota, início de um processo natural de amadurecimento que nos prepara para as facetas da vida.
Com a professora praticamos o “amor e ódio” e somos compelidos a deixar as emoções de lado para voltarmos a atenção no que está sendo ensinado e entre um lápis e um apontador, verificamos que a obediência, vez ou outra, tende a nos beneficiar.
Ah, a infinita semana de provas e o “orgulhoso” boletim com notas recuperadas, símbolo de nossa força de superação.
Lá também experimentamos sabores e cheiros que nunca mais esqueceremos. A merenda da cantina, as brincadeiras suadas no recreio e os jogos confusos no pátio. O cheiro de cadernos novos e limpos, os bilhetinhos amorosos, o primeiro toque de mãos apaixonadas e, claro, o especial “primeiro beijo na boca”.
Então, por essas e outras experiências inexprimíveis, desejo a todos os alunos, crianças, jovens ou adultos, um bom retorno às aulas e um ano repleto de futura boas recordações...
Arquivo Cultura de Travesseiro
História de Mulheres
O Colorido Muro Azul de Céu
Franco Lusitano
Brincadeira de Criança
Quintana Morada
Cigano Destino
Vou Ar
Cozinha...Sozinha
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