Daniel Pellizzari - Jovens Escritores do RS

daniel pellizzari

O escritor Daniel Pelizzari nasceu em Manaus no ano de 1974 e reside em Porto Alegre desde 1984. Mojo, como também é conhecido, iniciou alguns cursos de graduação: jornalismo, história, letras e psicologia, mas, como afirma, não teve “paciência para terminar nenhuma”, dedicando-se então à sua paixão, os livros. Em 1996 estudou criação literária com Luis Antonio de Assis Brasil.

Mojo foi um dos primeiros autores brasileiros a explorar a internet como meio de divulgação e laboratório literário e de 1998 a 2001 foi um dos COLunistas do finado mailzine CardosOnline.

Ao lado do amigo Daniel Galera, fundou, em 2001, a editora Livros do Mal. Lançou, então, seu primeiro livro "Ovelhas que Voam de Perde no Céu" (pdf aqui), que teve seus 600 exemplares iniciais esgotados. Os textos desta coletânea não eram inéditos, todos já haviam sido publicados na internet e ainda assim esgota duas edições, fato que repercutiu com bastante estrondo na imprensa nacional.


"Dentes guardados e Ovelhas que voam se perdem no céu marcam a estréia de dois autores novos, Daniel Galera e Daniel Pellizzari, jovens (23 e 27 anos) que lançam uma editora (a Livros do Mal) para escoar a produção que há alguns anos derramam na Internet. Seu principal trunfo é mostrar como "novo" pode passar de adjetivo a substantivo: uma prosa sem travas mas livre de espontaneísmo, radicalmente urbana (ambos vivem em Porto Alegre) [...]”
*Revista Época, 11 de fevereiro de 2002, por Paulo Roberto Piresdo.



“Os contos de Daniel Pellizzari avançam no experimentalismo, utilizando-se de formas narrativas inesperadas, para catalisar o absurdo de suas histórias.[...] Borges e Cortázar estão presentes em contos como A Fronteira no Fim do Mundo, O Vôo das Ovelhas e Arnaldo e os Moinhos. Neles, Pellizzari cria universos a partir do inconsciente humano e os sobrepõe ao material, carregando-o de ainda mais realidade”.
*Revista Carta Capital, 17 outubro de 2001, por Marcelo Träsel.



“[...] faz experiências com a forma, joga com enxertos no tempo e na intertextualidade, como no conto "Arnaldo e os Moinhos", homenagem a Dom Quixote. [...] recriam experiências bastante pessoais da geração que ainda não fez 30 anos com engenho e clareza promissores. Os temas até podem ser comuns na literatura (sexo, drogas, bebedeiras), mas há histórias de vida muito específicas nos contos, um registro bastante detalhado, despudorado sem perder a elegância, [...].”
*Zero Hora, Segundo Caderno, 01outubro de 2001, por Cris Gutkosky.




"Ovelhas que voam" teve, em 2002, contos adaptados para o teatro pelo grupo paulistano Cemitério de Automóveis, de Mário Bortolotto e, em 2004, foi traduzido para o italiano com o título adaptado "Percore Che volano si perdono nel cielo" , lançado pela editora Arcana Librie.

Em 2002 chega às bancas seu segundo livro de contos, "O Livro das Cousas que Acontecem", também lançamento da editora Livros do Mal. Composto por 14 contos, a crítica aprovou Daniel Pellizzari e seus textos nada convencionais.


“O Livro das Cousas que Acontecem, de Pellizzari: nele, estão reunidas histórias fantásticas e surrealistas, que adotam uma narrativa de crônica, aproximando o absurdo do jornalístico, mais até do que da literatura”.
*O Estado de SP, 11 de janeiro 2003, por Haroldo Ceravolo Cereza.



“Desta vez parece que Pellizzari quer mostrar como nossos cérebros e conceitos são fracos e confusos diante das cousas que acontecem. Porque, sim, os personagens estranham e tentam explicar os absurdos que lhes batem à porta (literalmente). Mas acabam se confundindo ou simplesmente cansando da lógica”.
*Revista Fraude.com, outubro de 2002, por Eduardo Fernandes.




Na sequência surge então a narrativa longa e o primeiro romance do autor é lançado em 2005 pela editora DBA. "Dedo Negro com Unha" é intitulado pelo autor como uma “farsa épica contendo as mais abstratas, discutíveis, traumatúrgicas e desopilantes desventuras ocorridas desde o início dos tempos até os atribulados dias pentadiluvianos”.

“O grotesco em Dedo Negro com Unha é feito sob medida para enojar a mesma classe média urbana que acha muito natural, e até divertido, o show de horrores dos programas dominicais nas redes abertas de tevê. Mas, nesta comédia horripilante, a gargalhada dá lugar a um sorriso amarelo. A estratégia do autor é brincar com narradores múltiplos, mistura de linguagens e muita experimentação formal, características que fazem deste um romance tipicamente pós-moderno. Ou, se o termo provoca mal-estar no estômago do leitor, um romance, para todos os efeitos, "contemporâneo".
*Aplauso, 3 de outubro 2005, por Fábio Prikladnicki.




Daniel Pellizari, além de escritor, atua como tradutor. Traduziu para o português brasileiro obras de William S. Burroughs (O Almoço Nu), Irvine Welsh , Hunter S. Thompson (Medo e Delírio Em Las Vegas, um dos marcos do chamado gonzo jornalismo) e a série em quadrinhos Sandman, do escritor britânico Neil Gaiman . O último trabalho do autor foi a tradução de "Menino De Lugar Nenhum" - David Mitchell, lançado pela Companhia das Letras em 2008.




BIBLIOGRAFIA DE DANIEL PELLIZZARI


Dedo negro com unha
Primeiro romance do autor, lançado pela editora DBA, em 2005.

O livro das cousas que acontecem
Livro de contos, lançado pela editora Livros do Mal em 2001.

Ovelhas que voam se perdem no céu
Livro de estréia, lançado pela editora Livros do Mal em 2001, reúne 19 contos dos quais merecem destaque “Um Hamster” e “Jardim de Infância” .



Fontes e Créditos:

Fonte: Monografia de Angela Oliveira, titulada "A presença de Jovens Escritores, do Século XXI, no Rio Grande do Sul."



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